Quem Somos

História

O Colégio do Sardão pertence ao Instituto das Irmãs de Santa Doroteia.


Esta Congregação Religiosa foi fundada em Quinto-Génova, em 1834, por uma genovesa, Paula Frassinetti.
A época era de grandes mudanças. A Revolução Industrial tinha abalado as estruturas tradicionais da sociedade. Os ideais da Revolução Francesa, propagados pelos soldados de Napoleão, davam origem quer a adesões quer a repúdios. A luta pela unificação de Itália criava um clima de intranquilidade.

A finalidade da Congregação nascente era a educação embora, de acordo com as perspectivas da altura, embora, a sua actividade se subdividisse em:

· Educação feminina em colégios e escolas
· Catequeses paroquiais
· Retiros e reuniões para raparigas e mulheres através da Pia Obra de Santa Doroteia
· Reuniões para rapazes

A Obra de Santa Doroteia, considerada prioritária e que tinha em vista refazer o tecido social mediante uma rede simples e flexível de apoio a crianças e adolescentes pobres, apoio dado por raparigas da vizinhança enquadradas por mulheres adultas. O papel das Irmãs era de incentivo às raparigas e às mulheres sobretudo em reuniões periódicas.

O Colégio do Sardão foi fundado em 1879, ainda em vida de Paula Frassinetti, na casa e quinta do mesmo nome, em Oliveira do Douro.

As suas proprietárias eram tias maternas do escritor Almeida Garrett e doaram esses bens à Congregação, tendo em vista a educação da juventude e a vida cristã da população local. Garrett, na sua obra, recorda com carinho os anos da sua meninice passados na Quinta do Sardão.

No início, o Colégio tinha uma organização escolar de três tipos: uma escola masculina, uma feminina para alunas externas e outra, também feminina, para alunas internas.

Após um interregno devido à alteração do regime político português – de 1910 a 1921 o Colégio reabriu com uma organização de dois tipos: uma escola para alunas externas e outra para alunas internas (ambas femininas).

A partir de 1969, com a introdução do Ensino Infantil, em regime de co-educação, depois estendido à Primária, a estrutura do Colégio foi tendo sucessivas alterações. Neste momento, a população escolar abrange o Jardim de Infância e o 1° Ciclo do Ensino Básico.

Na fidelidade às suas origens – da Casa e da Congregação – o Colégio procura não só realizar uma acção conjunta de toda a Comunidade Educativa, mas também abrir-se ao exterior, num intercâmbio entre Escolas e com outras Organizações de matriz cultural, integrando-se nomeadamente nas iniciativas do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.

Simbolismo

O Sardão

O sardão é o símbolo do nome dado à Quinta dos tios do escritor Almeida Garrett doada à Congregação das Irmãs de Santa Doroteia em 1878. No entanto, não se sabem as razões para ter sido dado este nome à Quinta. Por unanimidade, aceitamos que o sardão, que figurava num antigo carimbo, continuasse a fazer parte integrante do logotipo do lugar que já ocupava.

A Oliveira

A Oliveira faz parte das árvores de fruto que se cultivam. É o símbolo da Paz e representa a educação baseada na pedagogia de Santa Paula Frassinetti, que promove a formação integral e cultiva a paz, a harmonia e a tranquilidade. O azeite que serve para iluminar, temperar, curar e suavizar. Os dois ramos de oliveira, como que coroam o sardão, simbolizam e apresentam as/os alunas/os, porque sábias/os, coroados com os louros da sabedoria conquistada neste Colégio, que é “o Sardão”. No carimbo e logotipo é o “sardão” que está coroado de louros de oliveira. Nesse caso, cada aluno deverá ser o “sardão” que pretende receber os louros da sabedoria e da paz.

A Açucena

A açucena é um símbolo da pureza e da virgindade. Mostra que toda a educação é orientada por pessoas consagradas e que não procuram os próprios interesses, nem os interesses do mundo, mas os interesses dos alunos, e de todos a quem servimos, nomeadamente na catequese e na Eucaristia diária

O Coração

O coração é o símbolo do Amor. A educação aí ministrada ou recebida tem presente o Amor e amizade mútuos. O Colégio do Sagrado Coração de Jesus foi o nome recebido em 1879. O coração mostra o nome e o Protetor do Colégio, assim como o sardão revela o nome da Quinta.

A Colmeia

A colmeia pode ser apenas como amostra e representação daquilo que se produzia nos espaços pertencentes à Quinta. Também simboliza o tipo de educação aí ministrada, onde tem de estar presente a vigilância, a ordem, a atenção e a harmonia na formação integral – a abelha ferra se não estiver tudo em ordem e segundo o seu próprio método. A educação seguida no Colégio forma pessoas sábias e doces – o doce do mel; organizadas e trabalhadoras, com capacidade para desempenhar trabalhos em “comunidade ou “equipa” como podemos descobrir dentro e à volta de qualquer colmeia.

Como descobrimos o significado dos símbolos do Colégio do Sardão?

 

Mexemos em muitos caixotes empoeirados, em “esconsos” inimagináveis e, por lá, foram aparecendo outros apoios para a investigação, em bandeiras ou quadros de honra e outros.

 

Irmã Margarida Furtado Martins
Irmã Maria Esperança da Costa Simões
Colaboração do Professor Mário Azevedo e todo o Corpo Docente do Colégio no ano letivo de 1992/1993